┼ Caminho Filosófico Do Nada ┼

Este conto eu fiz dedicando-o para alguem que foi muito importante na minha escura vida (nao quero citar nomes ) que se foi sem mesmo dizer adeus, sem mesmo dar um beijo ou um abraço, foi embora como um ser abatido meio sem cor, sem deixar marcas no meu engrecido coração.

Nada mais ira mudar o sentido, de um tempo incompleto por pensamentos solitários, escuto gritos a ecoar em minha mente, um possessivo descuido depressivo, me abate por um tempo sem começo e nem fim, chegam a impor nauseas...
Impiedoso caminho de sangue, caminho esse que me lembra a morte, sentimento esse que me leva ao coração da floresta...

E eu estava la, novamente, andando pelo escuro coração da floresta, pensando naquelas noites de lua cheia, naqueles momento que eu passei em noites frias com ela, todos aqueles dias, todos aqueles momentos, nao valem nada hoje, nao me preenchem mais, até que lembrei de tudo que aconteceu com nós...

Numa noite fria, eu conheci aquela garota, foi como encontrar minha Outra parte, ela gostava das mesmas coisas que eu, pensava no que eu pensava, tudo era assim, muito bom, uma felicidade para meu morbido e frio pensamento, até demais para meu coração aguentar.
Eu achei que nao era aquilo que eu queria, todos nós um dia , por mais frios que sejamos, ja amamos alguem, e ela era o aroma das mais belas rosas que eu cultivava, sim, eu havia encontrado quem me fazia sair do meu mundo solitário, mais aquilo era estranho, eu nunca havia me importado com sentimentos de ninguem antes, desumanamente eu torturava quem me amava, dizia eu as pessoas, que estavam erradas de me amar, estavam erradas de me aceitar como tal, sem conhecer o que eu conhecia, e incrivelmente ela sabia, sabia até demais do meu mundo triste se luz, sem amor, sem cálidos abraços, sem beijos.

Sentamos na beira da praia, e ficamos olhando para a lua cheia daquela noite fria, conversamos muito, e quase imediatamente eu disse que gostara muito dela, e ela me respondeu quase que instantaneamente que aceitaria ser minha mais fiel Dama, com a condição seguinte : - A partir de hoje, sempre vamos celebrar, celebrar a nossa decadencia, a nossa putrida condição humana, a nossa inválida existencia...
Eu nao havia entendido muito bem o que ela queria dizer com aquilo, mais sei que, ela nao dissera por acaso, entao nos nos blindamos com 2 grandes taças cranianas com um vinho muito saboroso, e enfim, nos beijamos.

Aquela noite seria inesquecivel, até que um dia ela disse que queria eternizar nossa insana uniao, disse o seguinte : - Que façamos um pacto, que amarei-te na vida, eternamente e depois, da passagem...
Sim , fizemos o pacto estranho, simplismente cortamos nossas bocas, e nos beijamos chupando o sangue... Foi macabro, mais delicioso.

Depois de algum tempo (em media 1 ano e meio) eu chamei ela para sair, eu havia sugerido um encontro as luzes de velas num parque, ela aceitara, no entanto, fiquei muito feliz (sentimento que nao existia antes de conhece-la),até que fui.
Haviamos marcado 00:00 em ponto, eu cheguei no local, e havia uma pá no chao ensanguentada, e rastros de sangue mais a frente, assustei-me, mais queria aceitar que aquilo era apenas mais uma brincadeira da minha amada Dama, cheguei no local, e sentei no banco que tinhamos marcado...
Eu encontrei no banco a Cruz do Hellsing que eu havia dado de presente a ela, porem o pingente estava um tanto inferrujado, e tao poco limpo, pelo contrario, ele estava cheio de sangue, continuei acreditando que fosse brincadeira, mais no entanto esperei mais um tempo...
até que ouvi , do meio da floresta vozes, me dizendo : - Enfim, se eternizou, a passagem...
Era ela, a voz dela, havia acontecido a passagem, ela nao havia me dado tchau, nao havia me dado um abraço se quer dizendo que ia embora para sempre, nem mesmo um beijo, aquela noite fria, me levava, minhas lagrimas escorriam, eu nao sabia o que era a passagem, ...Eu chorava, no entanto eu parei, peguei a cruz e fui embora.

Cheguei em casa e dormi...Em meus sonhos, ela estava la, me abraçando, me beijando, me dando adeus, dizendo : - A passagem, aconteceu...
Aquele sonho era muito obvio, ela estava na floresta... Sai da cama e voltei para o parque e entrei na floresta, La estava ela, ensanguentada, com o seu vestido que antes era preto e branco e agora era PRETO E VERMELHO, a triste morte dela, O suicidio, ela cometera suicidio.. eu me perguntava , POR QUE?... eu abracei ela la no chão, dei um adeus, e enterrei ela, antes disso eu vi que tinha uma mensagem.. que dizia: - A vida nao é justa, eu sei que nao, voce nao foi comigo, tudo nosso foi eternizado, e eu fiz a passagem, viverei em sua mente e sonhos...
E rasguei o bilhete chorando, e triste por sua ida...

Impiedoso caminho de sangue, caminho esse que me leva a morte, sentimento esse que me leva ao coração da floresta... e eu me lembrava do que havia acontecido tempos atras, descobri o que era a passagem, a Passagem nada mais era do que a morte, porque na realidade nao existe morte, existem passagens... E eu estava la, na floresta fria, escutando vozes a ecoar, sua voz em minha mente, esperando a hora para mim fazer a minha passagem, e reencontrar ela, eternizar o que foi prometido, viver o que foi vivido...
Em um caminho filosófico do nada, eu amarei-te eternamente, continuando com meu enegrecido coração vazio, com a rotinas do dia a dia... Molhando de lágrimas o Travesseiro...o fim, em busca de um novo começo...

to: IWASAKI


bY: Sora